quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A amizade



A amizade é misteriosa. É imprevista, livre de cálculos e interesses, livre do tempo e do espaço.
A amizade é coisa boa. É uma parte tão essencial de nós mesmos que faz parte de quem somos.
As amizades longas têm o privilégio de acompanhar as transformações e as mudanças de quem as vive. Onde acabamos nós e começam os nossos amigos? O que sou eu sem quem está perto de mim e me vê como alguém próximo? Os limites não são claros, e é fácil reconhecer que não seríamos quem somos se não tivessemos as amizades que temos.
É um belo presente da vida. E é bom o facto de sermos nós porque somos com, e não somos sem. E quem eu sou está muito para além do meu corpo ou do que conheço directamente, porque o que vivem os nossos amigos vivemos nós também, de certa forma.
Os amigos fazem parte de nós. Fazem parte de mim. É bom.
O Verão, esse grande amigo, é também tempo dos rituais antigos. O prazer de nos reunirmos outra vez, agora que nos vamos espalhando pelo mundo e pelas escolhas. O mundo todo que nos é mais importante está ali, connosco. E estamos felizes, ao rirmos, ao prepararmos o almoço no alpendre, ao dedicarmo-nos uns aos outros.
E então a paisagem, a última luz do sol, as sombras do luar, o céu, o barulho do vento nas árvores, a beleza do mundo, parecem chamar-nos a atenção para o quanto é bom estarmos ali. E gostarmos uns dos outros.
As imagens são de um grande amigo, e foram tiradas num local muito especial, um segredo nosso.
Às amizades e aos amigos! tchim tchim!

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